terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bang Bang 2 e a luta continua...

Como digo algures no livro: ... a luta de publicar BD em Portugal por mero prazer.

Quando faço BD, Muitas vezes acaba-me a paciência e desleixo-me completamente em algumas vinhetas.

O meu storytelling é bastante fluido e dinâmico, mas por causa deste desleixo, e da ânsia de acabar uma prancha acabo por pecar em bastantes aspectos.

Este segundo volume Bang Bang perdeu imensa qualidade na impressão. Fiquei sempre sem saber o que iria sair na impressão final, pois desta vez não tinha tinteiro para fazer testes com várias opções de tramas como no primeiro. No primeiro capítulo queria fazer uma coisa diferente, com linhas e tramas diferentes, mais simples. Acabei aqui por usar só o Photoshop para o fazer. Apesar de manter sempre as margens e de ter cuidado com a posição dos balões e respectiva legendagem, as páginas do livro ficaram demasiado coladas, quase 1 cm, coisa que eu não contava, e por isso em alguns balões torna-se difícil a leitura. terei isto ainda mais em conta para a próxima...


O caso desta prancha abaixo, gostei bastante da transformação que fiz à imortal carrinha, popularmente conhecido por "Pão de Forma" da Volkswagen, recorrendo a revistas e até chegar a este produto final passou por várias fases. O vilão desenhei-o aparte para evitar confusões de linhas e para a perspectiva do veículo me sair de forma mais correcta, alias, faço isto frequêntemente.

Além disso, comecei a usar seriamente o Manga Studio, acabei por me habituar a este programa, é uma ferramenta bastante poderosa, mas não tão simples como o Comicworks, no qual costumava trabalhar (em Japonês mesmo, ou com uma versão parcialmente traduzida.

Ao escrever o argumento, ou pelo menos as ideias base, coisas p
ara me lembrar a mim próprio, ocorreu-me uma ideia para a tortura, uma ideia que me ficou na cabeça durante muito tempo, a ideia do arame farpado, penso ter visto isto num filme, mas não me lembro absolutamente nada, ficou-me sempre aquilo na ideia, sem sequer saber porquê, ou talvez por ser algo que me marcou. Resolvi então ir ao baú das minhas memórias e sacar esta lembrança. A história vai estar repleta de flashbacks a partir de agora, e pretendo manter o mesmo estilo, estilo simples, e muito básico, para contrastar com o restante desenho.

A capa do livro saiu-me quase do nada, já sem muito tempo para produzir uma capa colorida de forma tradicional comecei a digitalizar ilustrações e a colorir, tudo com texturas só a pele e o cabelo dos personagens é que têm cores propriamente ditas, acabando por ficar com um excelente aspecto. Decidi mesmo no último instante colocar o título Bang Bang em Kanji, assim como o nome das personagens...

No próximo post falarei dos cenários, e a importância que eles têm para mim.

Até lá!!!




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