A iniciar o blog sobre mangá, a minha mangá...
Ok, por onde começar, talvez pelo inicio? Uhm! Não, talvez pelo presente, bem mas para falar do presente tenho que regressar um pouco ao passado.
Tudo começou em 2005 a ideia de criar uma mangá (ou um mangá, isto varia) Num tom pós apocalíptico cyberpunk, é assim que se chama esta vertente. Comecei por desenhar uma história, chamada Bang Bang, desenhava à medida que ia escrevendo, e escrevia à medida que ia desenhando, pois tinha sempre novas ideias, depois de fazer umas 4 páginas parei, e disse p'ra mim mesmo, ok, não estou pronto ainda. Decidi aqui, começar uma outra, mais por brincadeira, muito rápida, com desenhos bastante rápidos, e muitas vezes, recorrendo ao improviso, afim de treinar enquadramentos, planos, etc. À qual chamei "Os Monótonos Monólogos de Um Vagabundo", começou a revelar-se como uma coisa muito íntima, uma história com um tom introspectivo, em que ia desenhando e ia escrevendo todos aqueles pensamentos sem qualquer organização léxica. Frequentava na altura um fórum de BD e o pessoal começou a achar piada aquilo, E eu acabei por fim um capítulo. Entretanto, já em 2006 mandei algumas amostras ao Jorge Machado-Dias, editor da pedra no charco, de tudo o que tinha feito, desta BD estilo mangá e também a "meia dúzia de páginas que tinha feito da Bang Bang (que posteriormente sairam inúmeras coisas com este titulo, inclusive uma telenovela, ironicamente o primeiro título foi Blam Blam, mas isto confundir-se-ia com o Blame! de Nihei, e eu já tenho influencias qb dele), como dizia então, Jorge Machado-Dias, gostou bastante destes dois projectos, e começamos a publicar um, o mais avançado no(a), actual, BDj.
Mais tarde surgiu a proposta do livro, da tal Bang Bang, muitas vezes discutida e muitas vezes adiada, devido à minha falta de tempo, até que um dia, discutimos a ideia de começar a publicar a coisa em pequenos volumes, uma coisa rara na mangá, mas ok, é "à portuguesa". Volumes esses que sairam, não sei bem com que frequência, nem com quantas páginas, isto foi decidido à última. A história prolonga-se, ainda a estou a escrever, e ideias não faltam.
Posto isto, resolvi apostar forte nesta BD, e tentar, sem ponto de cinismo, provar que sou capaz de muito mais do que aquilo que actualmente publico na BDj. Depois de muito desenhar e de muito fazer, surge então a capa, e surge então o inicio. E com isto surge também o futuro, será publicado, se tudo correr bem, o primeiro volume no FIBDA 2007.
Surge então a capa:
(Atenção, capa sujeita a alterações até à data de saída)
Para um pouco mais de informação, tenho o link das primeiras páginas na minha galeria deviantART, que podem seguir em:
http://htx.deviantart.com/journal/
Há também muito mais a ser descoberto, inclusive, umas páginas salteadas que vou submetendo.
Irei actualizar este Blogue mediante o meu tempo disponivel, que neste momento é escasso.
2 comentários:
Viva Hugo Teixeira
Houve quem começasse por dizer e escrever, há já muitos anos, "as mangas"; depois passámos a dizer e escrever "o manga", "os mangas", talvez porque os franceses diziam e escreviam "le manga". Entretanto eu, há uns anos, comecei a tentar impor a ideia de que se deveria dizer e escrever "mangá", porque é assim que os japoneses pronunciam (e nós respeitamos as pronúncias originais dos diversos povos, veja-se que dizemos "máfia", porque os italianos assim pronunciam, embora a palavra italiana não tenha nenhum acento em a, e dizemos "Flórida", porque os americanos assim pronunciam, apesar de a palavra nos EUA não ter acento, como não tem qualquer palavra inglesa...), por isso, é razoável que também sigamos idêntico critério neste caso de respeitar a pronúncia dos japoneses.
Quanto a dizer "a mangá", ou "as mangás", teoria pela qual também me bato há muito tempo, é porque o termo "mangá" é equivalente à nossa expressão "banda desenhada", que é feminina. Mas até mesmo os franceses já começam (se calhar os que também pensaram melhor no assunto) a mudar o género, e este ano havia uma exposição intitulada "La Nouvelle Manga" no grande Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême.
Saudações bedéfilas.
Ih! Não vamos entrar por esta discussão novamente.
Mas OK, admito que uso bastantes estrangeirismos.
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